segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Borges, fútbol y los hombres inteligentes
Fermín De La Calle | 06/12/2011
Quien mejor definió a Menotti fue su admirado Jorge Luis Borges, quien cuando iba a ser entrevistado por el Flaco en Clarín, le advirtió: "Qué raro, ¿no? Un hombre inteligente y se empeña en hablar de fútbol todo el tiempo". Menotti me lo contó frente a la fotografía que preside el salón de su oficina, en una céntrica calle porteña. No había ordenador, sí vídeo, cintas de VHS y decenas de libros. Al Flaco es difícil localizarlo. Recuerdo haberle llamado 40 veces. Una vez contactado, me emplazó a un segundo llamado en día y hora convenida, me cogió el teléfono a la octava llamada, se cortó y tuve que insistir ¡siete veces!
Me acompañaba Carlos Bairo, editor gráfico de Olé e hijo de un mítico fotógrafo argentino. Al entrar, Menotti se fundió en un abrazo con él. "Carlitos, ¿cómo anda el viejo?". Me miró, "vos sos el gallego, ¿no?" y me tendió su mano con firmeza. Encendí la grabadora y habló durante 20 minutos sin mediar pregunta, desplegando su fascinante verbo para ensalzar con entusiasmo el 5-0 del Camp Nou, recelar de Mourinho y manifestar su indisimulada admiración por Guardiola, al que calificó, como supe minutos después, exactamente igual que Borges a él. "Un hombre inteligente".
Menotti, um bom homem, inteligente que arrepia, explicou tudo uma semana antes: http://www.as.com/futbol/video/menotti-clasico/20111204dasdasftb_18/Ves
"si el Madrid hace cuatro pases seguidos, estamos hablando... Pero el Barcelona hace 700, 800... Es muy duro, es muy difícil ser exitoso tanto tiempo. Y esa es la gran virtud del Barcelona".
"El éxito te conduce hasta el borde del abismo. Un paso más y te come vivo si te la crees. El Barcelona siempre llega a ese precipicio y luego vuelve otra vez a jugar como los primeros días. Es increíble".
"este barcelona ya puede desaparecer, ya puede perder, ya está en la historia...¡Qué vamos a esperar! Algún día Iniesta será mayor. Y Xavi también. Y Piqué se lesionará más seguido, por supuesto que sí. Pero esto que han hecho no se va a poder igualar. Es muy difícil..."
(...)
Era o mais sólido e poderoso Madrid desde há muito, culpa de 15 vitórias seguidas, da esperteza de Mourinho, do talento maior de Ronaldo e dos restantes. Era o Barcelona mais enigmático dos últimos dois ou três anos, culpa da derrota com o Getafe há um par de semanas, dos empates com Bilbau e Sevilha. O Real pode bem ser campeão, mantenha o ritmo frenético anterior ao jogo de sábado, mantenha o Barcelona uma derivação de sobranceria em jogos tidos como fáceis. Mas em choque directo, a diferença está lá. Mourinho sabe-o: não confronta o Barça em pleno, adapta-se a ele. É outro futebol. Gente mais fina, com mais química, gente com queda para a beleza estética. O Barça de Guardiola é uma utopia - que tudo já conquistou, que pode até nada mais conquistar. Ninguém joga assim. Construa-se um monumento em honra daquela gente. Esqueça-se, por um minuto, o melhor do mundo, o cérebro de Xavi ou a útil genialidade de Iniesta - melhor tipo em campo, rapaz pálido que fez o que quis da bola e da faixa direita do Real na última meia hora de jogo; Puyol, Busquets, Cesc e Alexis, cada um a seu jeito e nas suas funções, jogaram no limite do notável. Valdés, culpado maior de um golo aos 20 segundos, seguiu a jogar no risco com os pés, fiel a uma filosofia imposta. Um dia, diz-nos Menotti de forma contida, este Barcelona terá um fim natural. Pois terá. Até lá, é desfrutar de um luxo.
(...)
Quien mejor definió a Menotti fue su admirado Jorge Luis Borges, quien cuando iba a ser entrevistado por el Flaco en Clarín, le advirtió: "Qué raro, ¿no? Un hombre inteligente y se empeña en hablar de fútbol todo el tiempo". Menotti me lo contó frente a la fotografía que preside el salón de su oficina, en una céntrica calle porteña. No había ordenador, sí vídeo, cintas de VHS y decenas de libros. Al Flaco es difícil localizarlo. Recuerdo haberle llamado 40 veces. Una vez contactado, me emplazó a un segundo llamado en día y hora convenida, me cogió el teléfono a la octava llamada, se cortó y tuve que insistir ¡siete veces!
Me acompañaba Carlos Bairo, editor gráfico de Olé e hijo de un mítico fotógrafo argentino. Al entrar, Menotti se fundió en un abrazo con él. "Carlitos, ¿cómo anda el viejo?". Me miró, "vos sos el gallego, ¿no?" y me tendió su mano con firmeza. Encendí la grabadora y habló durante 20 minutos sin mediar pregunta, desplegando su fascinante verbo para ensalzar con entusiasmo el 5-0 del Camp Nou, recelar de Mourinho y manifestar su indisimulada admiración por Guardiola, al que calificó, como supe minutos después, exactamente igual que Borges a él. "Un hombre inteligente".
Menotti, um bom homem, inteligente que arrepia, explicou tudo uma semana antes: http://www.as.com/futbol/video/menotti-clasico/20111204dasdasftb_18/Ves
"si el Madrid hace cuatro pases seguidos, estamos hablando... Pero el Barcelona hace 700, 800... Es muy duro, es muy difícil ser exitoso tanto tiempo. Y esa es la gran virtud del Barcelona".
"El éxito te conduce hasta el borde del abismo. Un paso más y te come vivo si te la crees. El Barcelona siempre llega a ese precipicio y luego vuelve otra vez a jugar como los primeros días. Es increíble".
"este barcelona ya puede desaparecer, ya puede perder, ya está en la historia...¡Qué vamos a esperar! Algún día Iniesta será mayor. Y Xavi también. Y Piqué se lesionará más seguido, por supuesto que sí. Pero esto que han hecho no se va a poder igualar. Es muy difícil..."
(...)
Era o mais sólido e poderoso Madrid desde há muito, culpa de 15 vitórias seguidas, da esperteza de Mourinho, do talento maior de Ronaldo e dos restantes. Era o Barcelona mais enigmático dos últimos dois ou três anos, culpa da derrota com o Getafe há um par de semanas, dos empates com Bilbau e Sevilha. O Real pode bem ser campeão, mantenha o ritmo frenético anterior ao jogo de sábado, mantenha o Barcelona uma derivação de sobranceria em jogos tidos como fáceis. Mas em choque directo, a diferença está lá. Mourinho sabe-o: não confronta o Barça em pleno, adapta-se a ele. É outro futebol. Gente mais fina, com mais química, gente com queda para a beleza estética. O Barça de Guardiola é uma utopia - que tudo já conquistou, que pode até nada mais conquistar. Ninguém joga assim. Construa-se um monumento em honra daquela gente. Esqueça-se, por um minuto, o melhor do mundo, o cérebro de Xavi ou a útil genialidade de Iniesta - melhor tipo em campo, rapaz pálido que fez o que quis da bola e da faixa direita do Real na última meia hora de jogo; Puyol, Busquets, Cesc e Alexis, cada um a seu jeito e nas suas funções, jogaram no limite do notável. Valdés, culpado maior de um golo aos 20 segundos, seguiu a jogar no risco com os pés, fiel a uma filosofia imposta. Um dia, diz-nos Menotti de forma contida, este Barcelona terá um fim natural. Pois terá. Até lá, é desfrutar de um luxo.
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Sou uma pessoa maniqueísta: bom, Moretti; mau, dinamarquês maluco (e vão dois). Há um ciclo do Nicholas Ray na Cinemateca e eu nada. Estive vai não vai para ser operado em São José no sábado e não ver a bola, os Tinariwen foram ao The Colbert Report e um livro com 100 páginas continua a rasgar o meu miolo aos pedaços. Why America Should Care About the Collapse of European Unity, by Simon Schama. Vou chonar.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Ramiro
Eat this! http://yfrog.com/ntsodsj
O Bourdain anda por aí e, dizem-me, foi visitar a melhor cervejaria do universo e da Almirante Reis. Pela Sagres e pelo prato, pois parece que sim. Espero que o amigo Acácio, empregado eterno e sempre célere, apareça na televisão. Até prova em contrário, a "Little Black Submarines" é a melhor canção do ano, seguida de perto pela "Hell of a Season". Passar bem.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
os três lá de trás:
Israel Dagg, o tipo que mais tenho gostado de ver ao longo do Mundial.
e os dois pontas:
Cory Jane, a sangrar, MVP do último jogo.
Richard Kahui, a acamar o Quade Cooper.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
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