domingo, 26 de outubro de 2008
escapou-me o 'U Omãi Qe Dava Pulus' aí pela terceira ou quarta vez, mas vi ontem o Jonathan Rosenbaum ao vivo
:
...e mantenho-me muito muito muito crente:
(...)
domingo 28 de diciembre de 2008
Salida: 1:25 / Madrid , Barajas , Terminal 4S
Llegada: 10:40 / Buenos Aires , Pistarini , Terminal A
Duración: 12h: 15m 346
Sin paradas
Tarifa más económica
Total 1.148,31 €
(...)
A minha cabeça está inundada de ideias disparatadas. Esta, passear-me por Buenos Aires e mais um outro sítio argentino à procura de uma rapariga belga, é a maior e mais forte delas todas. Mas que tontice de preço; gela-me até aos ossos.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
escritos bonitos (ainda sobre as eleições dos EUA)
:
* na Newsweek, 'It’s Not Easy Bein’ Blue - America remains a center-right nation', Jon Meacham;
* no mesmo sítio, Fareed Zakaria;
* 'Barack Obama: Why I believe he should be the next President', Boris Johnson no Telegraph;
* no mesmo sítio, 'Boris Johnson’s silly endorsement of Barack Obama', por Toby Harnden;
* sobre David Axelrod, o estratega mor da campanha de Barack Obama: artigo da Maria João Guimarães no Público de sábado passado; este no NYT de Abril de 2007 - 'Obama’s Narrator'; e só mais este na The New Republic - 'The Message Keeper';
* 'How John McCain came to pick Sarah Palin', Jane Mayer na The New Yorker, 22.574 caracteres (sem espaços);
* 'Speak Up! - Stop covering Palin until she gives a press conference', Christopher Hitchens na Slate;
* 'This summer, the photographer Platon took pictures of hundreds of men and women who volunteered to serve in the military and were sent to Iraq or Afghanistan. (...)'
* no mesmo sítio, Fareed Zakaria;
* 'Barack Obama: Why I believe he should be the next President', Boris Johnson no Telegraph;
* no mesmo sítio, 'Boris Johnson’s silly endorsement of Barack Obama', por Toby Harnden;
* sobre David Axelrod, o estratega mor da campanha de Barack Obama: artigo da Maria João Guimarães no Público de sábado passado; este no NYT de Abril de 2007 - 'Obama’s Narrator'; e só mais este na The New Republic - 'The Message Keeper';
* 'How John McCain came to pick Sarah Palin', Jane Mayer na The New Yorker, 22.574 caracteres (sem espaços);
* 'Speak Up! - Stop covering Palin until she gives a press conference', Christopher Hitchens na Slate;
* 'This summer, the photographer Platon took pictures of hundreds of men and women who volunteered to serve in the military and were sent to Iraq or Afghanistan. (...)'
'transumância'
Boa noite. Tenho uma montanha de coisas em que pensar (e fazer) e o colega J, unilateralmente, deu o meu nome para o curso livre de língua e cultura sérvia (é gratuito). Tenho outro colega que consegue utilizar a palavra 'transumância' frase sim frase não - o que a meia-dúzia de níveis me parece notável; e outra colega que vem equipada com uma falta de ironia à prova do mais rigoroso teste de resistência. O amigo B comprou-me, julgo, bilhete para o 'Maradona by Kusturica'. Eu queria mesmo era ver amanhã o 'U Omãi Qe Dava Pulus'. Comprei finalmente o 'Fome' do Hamsun. O primeiro parágrafo:
Um homem jovem chega a uma cidade. Não tem nome, casa ou trabalho; ele veio para a cidade para escrever. Ele escreve. Ou, mais precisamente, ele não escreve. Ele passa fome até estar quase morto. *
Seduz como tudo. Voltei a escutar Micah P. Hinson devotamente - foi a Leuven, Bélgica, ouvi dizer. A Criterion, li aqui, vai editar três filmes do Pedro Costa no início de 2009. Chove. Doviđenja.
* nota, sábado, 22 de Novembro 2008: 'seduz como tudo' mas não é do Hamsun, é o prefácio. Do Paul Auster. Repare-se como consigo ser pateta, impulsivo e distraído em doses parecidas.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Ara Güler
(Kazım Koyuncu & Sevval Sam - 'Ben Seni Sevdugumu')
As fotografias de Ara Güler salpicam 'Istambul - Memórias de Uma Cidade', de Orhan Pamuk - o livro que por estes dias me entretém espaçadamente. "(...) constituem a melhor memória da vida e das paisagens de Istambul desde 1950", copio algures do livro. A música é resgatada de 'Do Outro Lado', filme de Fatih Akin que me soa a milagre depois do histérico 'A Esposa Turca'. Saio da sala com a impressão que Akin soube bem medir um passo em frente: 'Do Outro Lado' é muitíssimo mais equilibrado e compassado (e mais dois ou três lugares comuns de igual natureza) que o anterior trabalho. Soube-me bem rever Istambul; soube-me ainda melhor identificar Lars Rudolph do nada. Ainda me ponho a aprender turco ("O curso é gratuito"). Ou isso ou sérvio ("O curso é gratuito").
Christopher Hitchens
Vote for Obama. McCain lacks the character and temperament to be president. And Palin is simply a disgrace.
(na Slate)
(na Slate)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Gestos
(...) Essa frase aparece no livro: "De quem nasci eu?"
Agora vejo que sim. Tenho coisas do meu pai, da minha mãe. Não havia nenhuma tradição ligada a livros. O meu pai gostava muito de ler, a minha mãe também, mas o meu avô nunca o vi pegar num livro. De onde é que isto vem? E sentia-me diferente. Será que eu pertenço a esta família? Vejo os meus irmãos tornarem-se cada vez mais parecidos com o meu pai; provavelmente eu também. Não sei se já lhe aconteceu: da nossa boca saem frases que não são nossas. São da pessoa com quem vivemos, muitas vezes. Certos tiques de vocabulário que não nos pertencem que o convívio traz. Gestos. E saem-me frases que são do meu pai; certas maneiras de articular, pausas.
(António Lobo Antunes, entrevista de Anabela Mota Ribeiro, "Pública" de ontem)
Agora vejo que sim. Tenho coisas do meu pai, da minha mãe. Não havia nenhuma tradição ligada a livros. O meu pai gostava muito de ler, a minha mãe também, mas o meu avô nunca o vi pegar num livro. De onde é que isto vem? E sentia-me diferente. Será que eu pertenço a esta família? Vejo os meus irmãos tornarem-se cada vez mais parecidos com o meu pai; provavelmente eu também. Não sei se já lhe aconteceu: da nossa boca saem frases que não são nossas. São da pessoa com quem vivemos, muitas vezes. Certos tiques de vocabulário que não nos pertencem que o convívio traz. Gestos. E saem-me frases que são do meu pai; certas maneiras de articular, pausas.
(António Lobo Antunes, entrevista de Anabela Mota Ribeiro, "Pública" de ontem)
sábado, 11 de outubro de 2008
nunca li nada nadinha do Le Clézio e o tipo lê e cita Dagerman
Luis Miguel Pascual
París, 9 oct (EFE).- (...) Habló poco de su obra y de sus influjos, aseguró que busca "una cierta ingenuidad y frescura" cuando escribe y reveló con seguridad sus fuentes de inspiración: "una mezcla de mis recuerdos de infancia, de mi vida de adulto y de lo que constato en cada instante. Mis fuentes están en la realidad".
Cuando esta mañana sonó su teléfono, Le Clézio estaba leyendo "La dictature du chagrin", de Stig Dagerman, y aprovechó la ventana que le abrió el premio para recomendar la lectura de novelas como antídoto para los problemas que atraviesa la sociedad, desde la crisis económica a "la tendencia excesiva a destacar el peligro que representan los extranjeros".
"Leer novelas es una buena forma de interrogar al mundo actual sin que el resultado sean respuestas demasiado esquemáticas. El novelista no es un filósofo, no es un técnico de la lengua, es alguien que hace preguntas y si hay un mensaje que quiero enviar es que hay que hacerse preguntas", señaló el autor.
Recibió la noticia del premio con naturalidad y no cree que el prestigio del galardón cambie su vida. "Estoy escribiendo un libro y no me voy a parar por esto. Creo que ahora todo va a ser más sencillo. La Academia me ha regalado tiempo", dijo el literato nacido hace 68 años en Niza, en el seno de una familia de exiliados de las Islas Mauricio, una ex colonia francesa que siente como su patria.
Le Clézio no ha hecho otra cosa en su vida que escribir y viajar. Con siete años completó dos obras en el barco que le llevaba rumbo a Nigeria, donde su padre, médico de origen británico, había sido destinado durante la Segunda Guerra Mundial.
Con 23 recibió el premio Renaudot por "Le procès verbal" y con 40 la Academia Francesa galardonaba su novela "Désert" como la mejor del año. En 1994 una encuesta organizada por una revista literaria le señalaba como el mejor literato francés con vida.
"Todos los premios literarios son una suerte, dan tiempo y suponen una motivación", afirmó el escritor que, sin embargo, reivindicó su gusto por la vida apartada y aseguró que siempre le ha molestado el ruido de los flashes.
Comentó que escribe para testimoniar aunque no ocultó una cierta frustración por su trabajo y rescató de Dagerman "la paradoja del escritor, que le gustaría escribir para la gente que muere de hambre pero en realidad escribe para gente que tiene suficiente para comer". (...) EFE
* o sublinhado é inveja da mais pura.
París, 9 oct (EFE).- (...) Habló poco de su obra y de sus influjos, aseguró que busca "una cierta ingenuidad y frescura" cuando escribe y reveló con seguridad sus fuentes de inspiración: "una mezcla de mis recuerdos de infancia, de mi vida de adulto y de lo que constato en cada instante. Mis fuentes están en la realidad".
Cuando esta mañana sonó su teléfono, Le Clézio estaba leyendo "La dictature du chagrin", de Stig Dagerman, y aprovechó la ventana que le abrió el premio para recomendar la lectura de novelas como antídoto para los problemas que atraviesa la sociedad, desde la crisis económica a "la tendencia excesiva a destacar el peligro que representan los extranjeros".
"Leer novelas es una buena forma de interrogar al mundo actual sin que el resultado sean respuestas demasiado esquemáticas. El novelista no es un filósofo, no es un técnico de la lengua, es alguien que hace preguntas y si hay un mensaje que quiero enviar es que hay que hacerse preguntas", señaló el autor.
Recibió la noticia del premio con naturalidad y no cree que el prestigio del galardón cambie su vida. "Estoy escribiendo un libro y no me voy a parar por esto. Creo que ahora todo va a ser más sencillo. La Academia me ha regalado tiempo", dijo el literato nacido hace 68 años en Niza, en el seno de una familia de exiliados de las Islas Mauricio, una ex colonia francesa que siente como su patria.
Le Clézio no ha hecho otra cosa en su vida que escribir y viajar. Con siete años completó dos obras en el barco que le llevaba rumbo a Nigeria, donde su padre, médico de origen británico, había sido destinado durante la Segunda Guerra Mundial.
Con 23 recibió el premio Renaudot por "Le procès verbal" y con 40 la Academia Francesa galardonaba su novela "Désert" como la mejor del año. En 1994 una encuesta organizada por una revista literaria le señalaba como el mejor literato francés con vida.
"Todos los premios literarios son una suerte, dan tiempo y suponen una motivación", afirmó el escritor que, sin embargo, reivindicó su gusto por la vida apartada y aseguró que siempre le ha molestado el ruido de los flashes.
Comentó que escribe para testimoniar aunque no ocultó una cierta frustración por su trabajo y rescató de Dagerman "la paradoja del escritor, que le gustaría escribir para la gente que muere de hambre pero en realidad escribe para gente que tiene suficiente para comer". (...) EFE
* o sublinhado é inveja da mais pura.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
John Huston, 1972
(Este blogue tem um conselho bestial que merece ser seguido cegamente. Dica: Robert Duvall.)
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