terça-feira, 21 de outubro de 2008

'transumância'



Boa noite. Tenho uma montanha de coisas em que pensar (e fazer) e o colega J, unilateralmente, deu o meu nome para o curso livre de língua e cultura sérvia (é gratuito). Tenho outro colega que consegue utilizar a palavra 'transumância' frase sim frase não - o que a meia-dúzia de níveis me parece notável; e outra colega que vem equipada com uma falta de ironia à prova do mais rigoroso teste de resistência. O amigo B comprou-me, julgo, bilhete para o 'Maradona by Kusturica'. Eu queria mesmo era ver amanhã o 'U Omãi Qe Dava Pulus'. Comprei finalmente o 'Fome' do Hamsun. O primeiro parágrafo:

Um homem jovem chega a uma cidade. Não tem nome, casa ou trabalho; ele veio para a cidade para escrever. Ele escreve. Ou, mais precisamente, ele não escreve. Ele passa fome até estar quase morto. *

Seduz como tudo. Voltei a escutar Micah P. Hinson devotamente - foi a Leuven, Bélgica, ouvi dizer. A Criterion, li aqui, vai editar três filmes do Pedro Costa no início de 2009. Chove. Doviđenja.


* nota, sábado, 22 de Novembro 2008: 'seduz como tudo' mas não é do Hamsun, é o prefácio. Do Paul Auster. Repare-se como consigo ser pateta, impulsivo e distraído em doses parecidas.

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«I always contradict myself»

Richard Burton em Bitter Victory, de Nicholas Ray.