terça-feira, 24 de julho de 2012

Borgen

"(...) Este fim-de-semana viciei-me na série dinamarquesa Borgen. Não consigo parar. A heroína é uma primeira-ministra, inesperadamente eleita, que é boa pessoa e que quer (e quase sempre consegue fazer) o que está bem. A Maria João, estranhando o meu vício (em vez do silêncio de ler), ouve diálogos em dinamarquês, não só não quis acompanhar-me como teve pena de mim. É difícil defender uma série social-democrata com um nome parecido com boring, acerca da vida política e doméstica do governo e do parlamento dinamarqueses. A Maria João nem sequer contra-atacou. Com compreensão e amor, deixou-me cair sozinho em desprezo: "Vê lá o próximo episódio, querido, pode ser que ela perca o apoio dos Verdes." A série é viciante mas, se calhar, não é boa. Faz admirar e amar (ainda mais) os dinamarqueses. O meu coração diz "veja" mas o meu cérebro não responde."

[Miguel Esteves Cardoso, domingo, no PÚBLICO]

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Viciado me confesso, vi as duas temporadas de rajada. Não é grande espingarda, é uma centena de vezes mais fraca do que West Wing (a quem rouba quase tudo sem especial pudor), as personagens são todas planíssimas (com a excepção, talvez, mas só talvez, do assessor de imprensa/spin doctor), mas é óptima.

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«I always contradict myself»

Richard Burton em Bitter Victory, de Nicholas Ray.