E davas-te bem com o Cruijff?
Johan é o meu pai, joder. Sempre que ganhei alguma coisa, ele ia comigo. Fazia questão de o levar. É uma instituição. O que ele fez no futebol, como jogador e depois como treinador é uma dupla revolução. Poucos são assim. Nos treinos, eles ganhava sempre os nossos concursos da bola ao poste. Uma vez, em Tenerife... Ou Maiorca, já não me lembro. Apostámos cem mil pesetas e o cabrón ganhou. Depois disse-me: se marcares amanhã um golo, esqueço a divídia. Ao intervalo, estava 2-0, golos de Laudrup e Goicoechea. No balneário, substitui-me. Porquê, perguntei-lhe. Paga o que deves, disse-me ele. Que hijo de puta, joder.
(Hristo Stoichkov, entrevistado pelo Rui Miguel Tovar)