segunda-feira, 25 de agosto de 2008

'A tragicomédia olímpica'

(...) E agora exige-se até que os atletas olímpicos estejam preparados para falar com a comunicação social... Para quê, se ninguém fala com eles o ano inteiro? Mas o mais grave é as declarações de três ou quatro atletas estarem a servir para transformá-los em bodes expiatórios, camuflando o evidente disparate de um comité olímpico que deu por garantidas medalhas que não podia prometer. E colocando em cima dos atletas uma pressão pouco recomendável. Estou pois de acordo com Marco Fortes, o primeiro lançador do peso português a competir nuns Jogos Olímpicos, quando diz que a manhã é para ficar na caminha. Ele, ao menos, sonha a dormir. Tem mais juízo do que um país que passa o dia a sonhar acordado.


(Miguel Gaspar, num PÚBLICO destes últimos dias - eu andei desfasado de tudo isto e o Usain Bolt só tem 22 anos. Sentei-me na sexta e aquilo esteve longe de ser um dia bonito: dois heróis lá de casa foram eliminados - o Balic no andebol e a Lituânia do Sarunas Jasikevicius no basquetebol. Aquele Sarunas, enfim, eu tenho muita e justificada inveja daquele Sarunas.)

(O texto do Rui Tavares de hoje, 'Para Marco Fortes', também deve ser lido com uma certa urgência.)

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Richard Burton em Bitter Victory, de Nicholas Ray.