quarta-feira, 12 de março de 2008

100% reporting

Obama: 61%
Clinton: 37

Mais de vinte pontos à maior, resultados não muito distantes dos registados no Alabama e Louisiana (que escrito assim soa a estado agradável para passar uma temporada; escrito "Luisiana" como se impõe soa a estado mal-parecido à brava com "rednecks" e caçadeiras a rodos), tudo ilustremente bem esmiuçado pela msnbc: ganhou nos homens, nas mulheres, esmagou no voto negro (92-8), perdeu e por muito no voto branco (70-26) - sinal evidente de território polarizado racialmente como poucos -, venceu dos 17 aos 59 anos, perdeu dos 60 para cima (52-47 para Clinton).

Daqui até à Pensilvânia faltam seis semanas. Uma eternidade. Uma porrada de delegados em disputa (188). É região, dizem todas as sondagens, de Hillary Clinton - a última de que tenho conhecimento dá 55-36 para Clinton - que joga aí, again, a sua sobrevivência na corrida; tem de ganhar, tem de fazê-lo em grande; Hillary, Bill e Chelsea já por lá se encontram em campanha. O objectivo de Obama é atenuar as diferenças. Uma margem menor que dez por cento era simpática. Relembre-se, o que mais importa é o número de delegados ganhos, e os democratas têm um sistema de distribuição de delegados proporcional para todos os estados. Ao invés, os republicanos, nalguns estados, adoptaram um sistema de "vencedor-do-estado-leva-todos-os-delegados-em-jogo" - uma das possíveis explicações para a confusão permanente no lado democrata vs. quietação no lado republicano. Perder por poucos e, se possível, enervar Hillary nestas seis semanas - tempo imenso para tal. Ando a dormir tão pouco. Sonhei com o Daudet. Há obras no prédio logo às oito e tal da manhã. Não fiz a barba. Tenho fome. Preciso de rever o "There Will Be Blood".

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«I always contradict myself»

Richard Burton em Bitter Victory, de Nicholas Ray.