O discurso de concessão de John McCain é de uma elegância extrema. Queria sublinhar bem isto: aquilo é de uma elegância indecente, que merece ser visto e revisto até ao enjoo extremo. Aquele é o McCain que dificilmente não se pode estimar. Por onde andou escondido em todo o raio da campanha é que me escapa. A campanha de McCain enquanto candidato nomeado do partido republicano foi horrenda, penosa, sempre algures entre o errante, o tacticismo imbecil e a irresponsabilidade indefensável (Sarah Palin) - e tudo isto me parece impossível de esquecer. Pasmou-me a conivência de McCain nos mais patéticos ataques de carácter a Obama, quando McCain, ele mesmo, foi 'comido' de igual forma indigna por W. Bush nas primárias republicanas de 2000.
Mas retorno ao discurso final de McCain: é o ponto alto do que veio do campo GOP em todos estes meses infindáveis - a par com os vídeos narrados pelo Robert Duvall na convenção republicana, a que nunca fiz referência. (Isto dirá o que foi a campanha republicana.) E por um digníssimo discurso final obrigo-me a acabar o livro do David Foster Wallace que ficou a meio caminho.
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