segunda-feira, 24 de novembro de 2008

OBEY

Ando amortalhado e com uma paixão por esta marca capaz da ruína. Nomeadamente por toda esta secção da dita. Quem me descobrir a marca por Lisboa tem o meu eterno apreço. Chegámos àquele ponto raro do ano em que me torno 'fashion addicted' (a expressão não é, de todo, minha). Necessidade arrogante de roupa nova. Peço que acreditem, não sou sempre assim: ando negligente, descuidado, com um penteado desumano e "magro como um cão" (© mi madre). Possuo um talento incorruptível para me tornar numa calamidade. O sítio onde trabalho anda em guerra civil. Eu no meio. Em igual dia fui adjectivado de 'certinho' (expressão que me humilha) e 'irascível' (expressão que me cativa). O mundo das hipóteses é amplo e pavoroso. O perfume de uma colega paralisa-me; o sorriso de outra dá-me um tremor quente de prazer no queixo. Um dos meus 'chefes' tem um livro publicado; mandou-mo ler; está esgotado em todo o santo lado. Morro de chatice com 'smileys', seja em mensagem de telemóvel ou mail, dão-me vontade de beber uma garrafa de Becherovka numa vintena de tragos. No fim-de-semana queria/devia ter escrito algo e não o fiz. Passei a tarde e a noite de domingo de falso começo em falso começo. O mestrado corre mal. Mentira: nem bem nem mal, não corre. Resquícios de uma juventude descuidada, cedo derrotado por estupidez e preguiça. Como já dei a entender, sou distraído: descobri ontem, dia 23 de Novembro de 2008, que a Natalie Portman é bela. Mais simples a vejo, mais bela me parece. As t-shirts da Insight também são uma pequena delícia. Escutai, pela vossa saúde, o 'Microcastle' dos Deerhunter. Vejam, assim possam, o 'The Long Gray Line' e o 'The Last Hurrah' do Ford. E Richard Yates, leiam-no, seja o que for, é bonito. Era isto: OBEY, Insight, Portman, Ford, Deerhunter e Yates. Assuntos mui prementes, está visto. (Este post foi, quase por inteiro, patrocinado pela rede sem fios (da) 'bolota'.)

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«I always contradict myself»

Richard Burton em Bitter Victory, de Nicholas Ray.