quinta-feira, 3 de julho de 2008
'os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres'
Quando a Relógio D'Água se lembrar de publicar isto, "Os irmãos Tanner", do Walser, não sei que diabo farei quanto ao resto da minha vida. Não sobra muito depois disso. Ainda não peguei no "Histórias de Amor", acho que por medo - a palavra que eu quero não é bem esta, "medo", é outra qualquer. Dei, a propósito, (e acho que a humanidade tem obrigação de o saber,) trinta euros na Letra Livre por este livro aqui há uns bons tempos:
Está certo que ainda não toquei nele também. Dei o dinheiro de muito bom gosto, palavra, mas já prometi tentar não repetir a brincadeira. Eu queria, queria muito, odiar os Vampire Weekend. "Odiar" é mesmo a palavra certa. Há pelo menos uma meia-dúzia de gente conhecida cujo o gosto não tenho em grande conta e que muito gosta daquilo - razão suficiente para os desprezar na medida do possível. Dei por mim, na viagem para o casamento do J, e contra todas as expectativas em contrário, a gostar do álbum. Diria até: é das melhores coisas que ouvi em 2008, (até porque, em boa verdade, fora Why?, o novo Robert Forster e o novo David Berman, pouco mais escutei,) mas deve ser mentira, deve ser exagero do momento perante duas ou quatro viciantes canções que me fazem sorrir. 45 euros custa o bilhete para dia 10. Isto não anda nada fácil, isto está cada vez pior: é a roda que é bolha que é pirâmide. E lembrou-se, alguém, de pôr em palcos distintos quase à mesma hora estes tipos e o Jason Pierce - soa-me a séria candidata a ideia imbecil do ano. 80 euros se tiver uma necessidade premente de ver o amigo Dylan. Fico bem como tudo de camisa branca; é opinião consensual. As costas, como ainda me doem o raio as costas é coisa que me ultrapassa.
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Richard Burton em Bitter Victory, de Nicholas Ray.