(...) Chéjov deliraba, hablaba del Japón y de un marinero. Ella le colocó una bolsa de hielo sobre el pecho. Y de pronto, recuperada la lucidez, él le preguntó: «Para qué poner hielo sobre un corazón vacío?»
El doctor Schwöhrer llegó a las dos de la mañana. «Ich sterbe - le dijo Chéjov -. Me muero.»
El médico le puso una inyección de alcanfor. Luego quiso mandar a buscar un tubo de oxígeno. Chéjov le dijo: «Es inútil. Cuando lo traigan me habré muerto.» Entonces, el médico mandó que le subieran una botella de champán.
Chéjov aceptó la copa que le ofrecieron y dijo: «Hacía mucho que no bebía champán.» Vacío la copa y se acostó de lado. Poco después dejó de respirar. Era el 2 de julio de 1904. (...)
('Antón Chéjov', Natalia Ginzburg, Acantilado)
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