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Torno-me obsessivo e bem chato quando um qualquer realizador me cativa. Não repouso enquanto não vir tudo o que me é possível ver do homem. Foi assim neste último ano com Ford (uma tarefa no patamar da idiotice se pensar nos seus 140 filmes), Lang, Preminger, Buñuel ou Mizoguchi; foi assim noutro passado com Ray, Hawks, Wilder (ando com uma vontade daquelas de rever "Ace in the Hole" e "Stalag 17"), Ozu, Powell e Pressburger, Dassin ou Melville; e por estes dias é assim com Fuller. "Steel Helmet", "Pickup on South Street" e "Forty Guns" são filmes de eleição; "I Shot Jesse James", sua primeira obra, deixou-me banzado. É em definitivo um realizador cá da casa e o meu vício mais recente. (Ulmer e Siodmak, de quem já vi alguma pouca coisa, parece-me, seguir-se-ão.) Vou acender já uma velinha para que a Criterion lance quanto antes "Park Row" - o favorito do próprio Fuller - e "Underworld U.S.A.".