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(...) Com as convicções que marcam a qualidade técnica dos seus jogadores, a Espanha impôs-se comodamente a uma equipa russa vulgar, que não acertou três passes seguidos. A Rússia não teve reacção anímica, nem jogo, nem atitude, e muito menos individualidades, que são reconhecidas quando uma equipa tem a bola nos pés para mostrar que é melhor. Acaba por ser nada.
Os gritos "incendiários" do seu treinador, Hiddink, não tinham efeito. O incêndio acabou como se o cenário fosse demasiado grande para ele.
Havia muitos anos que a Espanha não apostava neste estilo, muitos anos em que apostou no músculo e marginalizou o talento. Era fúria. Agora, juntou primeiro os que melhor jogam e com eles procurou um equilíbrio. Hoje, a Espanha é a coragem do toureiro e não o touro. (...)
César Luis Menotti, no Record deste domingo. Há que saber apreciar devidamente aquela camisa aberta até ao umbigo; não fica bem a qualquer um.